Vou Agora

Califórnia com crianças

Muito tempo antes mesmo de engravidar, sempre ouvia falar que viajar com bebês ou crianças era muito difícil e complicado, desgastante para toda família. Pois bem, engravidei em uma viagem a Paris , descobri no Brasil. E a primeira coisa que veio a nossa cabeça foi: e agora? Como vamos fazer nossas viagens com uma criança? Embarque com a gente nessa aventura: Califórnia com crianças!

Logo nossa preocupação foi embora, pois assim como sempre fomos muito parceiros para tudo, nosso pequeno bebê que nem tinha chegado ao mundo já tinha uma coisa certa na vida dele, viajaria sim com a gente para qualquer lugar desse mundão.

Depois que nasceu, a gente muda um pouco a cabeça, começa a perceber que aquele ser é frágil, que tem seu temperamento e tudo aquilo que pensamos em relação a viagens poderia ir por água abaixo, bateu aquela insegurança de será que vamos levá-lo?

Nossos passeios sempre foram sair totalmente da rotina e explorar ao máximo tudo que pudéssemos nas viagens, sem hora para comer ou dormir. Como seria com uma criança? Nos meteram ainda mais medo, fora o fato de ter que carregar uma casa junto para qualquer lugar. Fato que quando um bebê entra na sua vida, qualquer saída quase vira um evento!

Vou contar tudo desde os preparativos, vamos lá?

No ano que o Guilherme nasceu não realizamos grandes viagens, apenas algumas de carro para Florianópolis e programamos uma viagem internacional quando ele estaria com 1 ano e meio. Fomos para a Califórnia e Las Vegas  em setembro de 2014.

Califórnia com crianças: planejamento

A preparação e a expectativa para essa viagem foram enormes, o Gui já dormia bem a noite toda, comia bem, mas preferia para a sua janta as papinhas da Nestlé.

Reservamos a viagem por milhas pela TAM, para o Gui pagamos apenas a taxa de embarque e ele estava vinculado a minha passagem como bebê de colo, aproveitamos e fizemos a reserva de assentos preferenciais com uso do berço, nem sabia o que seria isso…mas era algo para uma criança de até 2 anos, então ok!!

Como é hoje: pela Latam o bebê de colo não faz voos internacionais sem pagar nada, cobram uma porcentagem da tarifa de adulto para cabine econômica e na cabine Premium Economy ou Premium Business é preciso pagar tarifa de adulto, uma vez que a criança viajará em assento próprio.

Fizemos o passaporte do Gui e seu visto em São Paulo, tudo muito rápido e tranquilo!

Uma das primeiras coisas que nos preocupamos em relação a viagem foi fazer o seguro viagem para todos. A viagem com duração de 20 dias e o seguro 21 dias, como falei no post sobre seguro viagem, sempre pego 1 dia a mais para qualquer eventualidade que possa ocorrer. Em relação ao custo foi R$315,00 para os 3, pagamento via boleto.

Reservamos os hotéis para esta viagem através do Booking, para os seguintes locais: San Francisco, Moterey, Santa Bárbara e Anaheim, nenhum deles possuía cozinha. Para Los Angeles e Las Vegas reservamos através de um site chamado HOTWIREcontarei melhor sobre isso em outro momento.

Para fazer a rota da Highway 1, locamos nosso SUV (RAV4 – Toyota), com uma empresa que nem vou citar aqui, porque não recomendo, o carro estava sujo, pneu furado, locamos cadeirinha e ela veio em um estado nada amigável, fora que o atendente nem instalou, fizeram cobrança indevida em nosso cartão (pagamos 2 vezes pela locação), fora o atraso na entrega do carro de mais de 2 horas…fui bem boba de não ter reclamado, porém todo tempo que perdemos era muito precioso, não posso nem ouvir falar da tal empresa.

Voo com Criança Pequena – Bebê

Um dia antes da viagem é quase certo a gente não dormir não é mesmo? A preocupação para que saia tudo perfeito ou quase isso é imensa!

Fomos para o aeroporto próximo das 17:00h, conforme nos recomendaram, despachamos as malas e o carrinho de bebê, pois a TAM (na época – hoje LATAM) possuía carrinhos de bebê para serem utilizados em Guarulhos.

Meu grande medo era como seria o Guilherme no avião, pois até então não fazia ideia de qual seria sua reação quando embarcasse e o avião levantasse voo. Na minha cabeça passava um filminho de todos os voos que eu peguei e tinha crianças, chorando, correndo, cutucando as pessoas e as pobres mães sofrendo com a situação… pior, a mãe nesse caso agora era eu!

Vencemos essa primeira batalha!

Voo Curitiba – São Paulo 100% de aproveitamento! O Gui chupou chupeta o tempo todo, essa era uma grande preocupação, pois falam muito que a pressão no ouvido dos pequenos é grande e isso provoca dor de ouvido, então usamos a dica da chupeta para decolagem e pouso, existe também quem dê mamadeira ou amamente no peito durante esses dois momentos.

Chegando em Guarulhos procuramos pelo balcão da TAM para retirarmos um carrinho de bebê e não havia nenhum disponível. Que situação desagradável, o aeroporto imenso, nós com malas de mão repleta de coisas e o Gui para carregar no colo várias horas até o embarque internacional, mais uma dica furada de despachar o carrinho ou demos um grande azar!

Após embarcarmos, ficamos na fileira preferencial na classe econômica por causa do berço, solicitamos e colocaram na posição presa a “parede” depois que o avião decolou. Frustração é a palavra que define, o negócio era tão pequeno e ficou muito alto, tentei colocar meu filho e as pernas dele ficaram para fora, nada nem de longe confortável ou aceitável, eis que ele mesmo preferiu deitar no chão, mesmo sendo proibido…tirando isso o voo foi bem tranquilo, melhor do que eu esperava!

Chegando no Destino

Chegando em San Francisco, fomos de táxi para o nosso hotel, bem fácil, tem uma fila deles logo na saída do desembarque. Nosso hotel era simples e bem central, o mais importante era que o berço estava garantido! Confesso que estava bem apreensiva, logo fomos passear pela cidade e quando abrimos o carrinho de bebê, um Chicco Liteway, tivemos a surpresa dos objetos despachados, estava faltando a capota e o carrinho não estava tão firme como antes, fiquei chateada, uma vez fora do aeroporto acaba a responsabilidade das cias. Aéreas – confira seus pertences antes de sair do aeroporto! #ficaadica

Meu grande arrependimento nesta cidade foi não ter locado carro, a dica que recebemos é que não precisaríamos e outro fator decisivo foram os valores absurdos dos estacionamentos (variam de 30 a 60 dólares – inclusive nos hotéis), poucas ou nenhuma vaga nas ruas e estacionamentos.

O Guilherme novamente nos surpreendeu, super parceiro em todo o tempo dos passeios, a alimentação dele foi a única coisa difícil pois ele não queria a comida de lá e eu levei 10 papinhas na mala, o leite dele, logo acabaram as papinhas e tive que recorrer a Target para comprar algo parecido e ele não aceitou muito bem. Tirava sonecas a tarde no carrinho e dormia mesmo quando chegava no hotel, sem ficar chorando ou resmungando por causa dos horários. Aproveitamos e compramos um carrinho novo, o Chicco Echo.

Continuando a Viagem pela Califórnia

Fizemos uma viagem longa de carro entre San Francisco e Los Angeles pela Highway 1, em torno de 700 km, porém os kms da sua vida que devem ser feitos da maneira mais pausada possível, as paradas e tudo que você vai ver e viver parecem verdadeiras pinturas! Dormimos em Monterey, Santa Bárbara e paramos em Los Angelescontarei sobre o roteiro em uma próxima oportunidade!

Fomos para Anaheim, onde está localizada a Disneyland California, o Guilherme A-M-O-U e eu também!

Crédito:Wittayayut

E depois a nossa parada foi 6 dias em Las Vegas, para aproveitar e descansar também.

Resumindo, foi uma viagem espetacular, o Guilherme nos surpreendeu em todos os momentos e nas suas atitudes de parceria, muitos nos falaram que não vale a pena levar uma criança em viagem tão longa, que ele não lembrará de nada do que conheceu, muito cansativo e desgastante.

Falo totalmente o contrário, leve seu filho, aproveite todos esses momentos de dedicação 100% para a família, pois a rotina de muitas famílias é de pais que trabalham fora o dia todo, crianças na escola por vezes em período integral (nosso caso), não importa se o seu filho não vá se lembrar de nada, mas o brilho no olhar, o conhecer seu filho de uma outra forma no mundo, realmente não tem preço, só vivendo tudo isso!

Se temos sorte do nosso filho ser totalmente parceiro não sei, mas mesmo com perrengues nas viagens o resultado final alimenta a alma e o coração, uma conexão que não tem preço! E tudo isso unido a um bom planejamento!

Caso tenha alguma dúvida é só mandar um email ou fazer um comentário que em breve responderemos!

Um abraço,

Claudia Pauli

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